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Dançando para brilhar

Dançando para brilhar

A Associação Cultural Beneficente Caruanas do Marajó busca a preservação da natureza na Ilha de Marajó e a valorização dos conhecimentos produzidos localmente destinados a estabelecer uma relação respeitosa entre homem e meio-ambiente. A comunidade pobre do município de Soure acolheu a ideia e entendeu que seu desenvolvimento econômico e humano dependia dessa preservação. Com isto a Associação cresceu, tomou forma e com projetos sociais importantes disseminou informações úteis ao desenvolvimento sustentável da Ilha, preservando as culturas tradicionais do Marajó e realizando projetos sociais com as crianças carentes da região. Desde sua fundação em 2001, a entidade é presidida pela Pajé Zeneida Lima. No dia 06 de novembro de 2003, tornou-se a Organização Não-Governamental CARUANAS DO MARAJÓ CULTURA E ECOLOGIA. Uma das realizações importantes da ONG foi a criação da Escola de Ensino Fundamental Maria Isabel Castro Amazonas, no Município de Soure. Um convênio firmado com a Secretaria Estadual de Educação proporciona o acesso à educação para 360 crianças da comunidade carente do Marajó, dando-lhes uma nova perspectiva de futuro, retirando-as de situações de risco e criando uma relação íntima e de amizade com a natureza. A instituição também firmou convênios com entidades no Pará como a Fundação Carlos Gomes, que levou ao Marajó o projeto de musicalização, e o Detran/PA, que implantou o projeto Pacto Cidadão Pela Vida no Trânsito. Com o apoio de instituições universitárias do Pará e do Rio de Janeiro, a ONG desenvolveu jornadas de Oficinas e Palestras, que por quatro anos consecutivos leva à comunidade a discussão de temas relevantes e proposição de soluções para os problemas da população do Marajó. Outra atividade desenvolvida é o mapeamento das necessidades da população, visando preservar o modo de vida marajoara, considerado um patrimônio cultural da Amazônia e do mundo. Soure já foi chamada de Monforte, nome que remete ao povoado que congregava uma área bem maior do que a de hoje, habitada na época pelos aruãs, maruanazes, mundis e sacacas. De Monforte, originou-se Soure e Salvaterra. No início do século XVII, com a chegada dos padres de Santo Antônio, o povoado recebeu a denominação de Menino Deus. Nessa mesma época, chegavam a Menino Deus os primeiros colonizadores portugueses de uma antiga vila de Concilia, do Distrito de Coimbra, identificado, nos tempos dos romanos, como Saurim, devido lá haver, em tempos passados, muitos sáurios ou jacarés. Como em Menino Deus também tinha muitos jacarés, resolveram dar esse nome em homenagem a sua terra natal em Portugal, e ficou então Soure. A cidade de Soure, sede do município, chama a atenção pelas antigas igrejas, coretos, praças, casas antigas, belas praias e as largas ruas gramadas e sombreadas por enormes mangueiras, onde se pode, por exemplo, observar o cruzamento da Quinta Avenida com a Terceira Travessa, obra do urbanista Aarão Leal de Carvalho Reis, o mesmo que posteriormente planejou o traçado de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Os campos, fazendas, matas e igarapés formam os cenários rurais do município onde, além das grandes propriedades que exploram atividades pecuárias com a cultura bubalina, estão as comunidades de Caju-Úna, Céu, Pedral e Pesqueiro. O búfalo é o grande símbolo de Soure. Por isso, é comum encontrá-los pelas ruas da cidade, utilizados como um dos principais meios de transporte, ao lado de moto-táxis e bicicletas. Soure é reconhecida como a Capital do Búfalo.

Promover a inclusão social e fortalecer a identidade cultural local por meio da disseminação do conhecimento e das danças tradicionais da região, com a realização de inventário de danças e coreografias, oficinas, palestras e produção de material. 

Com o apoio do Criança Esperança será possível adquirir material pedagógico (livros, DVDs, CDs etc.), material de consumo, uniformes e roupas de dança, adquirir instrumentos musicais (carimbos, flautas, violas, banjos), financiar o pagamento de professores para oficinas e profissionais para o projeto e financiar transporte e deslocamento diversos.

 

 

FONTE: Criança Esperança