O MUNICÍPIO DE SOURE
Soure já foi chamada de Monforte, nome que remete ao povoado que congregava uma área bem maior do que a de hoje, habitada na época pelos aruãs, maruanazes, mundis e sacacas. Na verdade, de Monforte, originou-se Soure e Salvaterra. No início do século XVII, com a chegada dos padres de Santo Antônio, o povoado recebeu a denominação de Menino Deus. Nessa mesma época, chegavam a Menino Deus os primeiros colonizadores portugueses de uma antiga vila de Concilia, do Distrito de Coimbra, identificado, nos tempos dos romanos, como Saurim, devido lá haver, em tempos passados, muitos sáurios ou jacarés. Como em Menino Deus também tinha muitos jacarés, resolveram dar esse nome em homenagem a sua terra natal em Portugal, e ficou então Soure.
Em 1757, Soure foi elevada à categoria de Vila pelo seu fundador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, na época 19º Governador e Capitão General do Estado do Maranhão e Grão Pará. Ele era meio-irmão do Marquês de Pombal. Soure fazia parte então da Comarca de Monsarás. Somente em 2 de setembro de 1858 o Conselho da Província do Pará determinou que a Câmara de Monsarás marcasse as eleições para a nova Câmara de Soure. A apuração da votação dos Vereadores ocorreu em 7 de janeiro de 1859 e no dia 20 do mesmo mês a instalação definitiva do Município de Soure.
O território de Soure recebeu um acréscimo com a extinção da Comarca de Monsarás em 1894 e, muito depois, foi diminuído com a instalação do município de Salvaterra, em 1962.
A cidade de Soure, sede do município, chama a atenção pelas antigas igrejas, coretos, praças, casas antigas, belas praias e as largas ruas gramadas e sombreadas por enormes mangueiras, onde pode-se, por exemplo, observar o cruzamento da Quinta Avenida com a Terceira Travessa, obra do urbanista Aarão Leal de Carvalho Reis, o mesmo que posteriormente planejou o traçado de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.
A cidade possui oito bairros: São Pedro, Matinha, Umirizal, Pacoval, Macacheira, Tucumanduba, Centro e Bairro Novo.
Os campos, fazendas, matas e igarapés formam os cenários rurais do município onde, além das grandes propriedades que exploram atividades pecuárias com a cultura bubalina, estão as comunidades de Caju-Úna, Céu, Pedral e Pesqueiro.
O búfalo é o grande símbolo de Soure. Por isso, é comum encontrá-los pelas ruas da cidade, utilizados como um dos principais meios de transporte, ao lado de moto-táxis e bicicletas. Soure é reconhecida como a Capital do Búfalo.